Antonio e Cleópatra

Esta tragédia é baseada em intrigas políticas e no relacionamento amoroso de dois célebres personagens históricos: o imperador romano Marco Antônio e a rainha egípcia Cleópatra. Após receber notícias sobre os conflitos em Roma e a morte de sua esposa - Fúlvia - , Marco Antônio parte de Alexandria, onde mantinha um romance com Cleópatra. Refém de um jogo de interesses, ele descobre que desposará Otávia, irmã de Otávio Augusto. Cleópatra não aceita a notícia, e simula a própria morte como forma de trazer de volta seu amante. Desolado, o imperador se suicida. Essa é a razão para o trágico fim da rainha egípcia, que se mata com a mordida de uma víbora.



Cleópatra
(Cleopatra, I.iii)
Vede onde está, que faz, quem o acompanha.
Não vos mandei; Se virdes que está triste,
Dizei que estou dançando; se contente,
Que me vi atacada de mal súbito.

V.ii
Dá-me o manto; coloca-me a coroa.
Anseios imortais em mim se agitam.
Nunca jamais há de molhar-me os lábios
O líquido de nossa vinha egípcia.
Vamos, Iras, depressa! Só parece
Que ouço Antônio chamar-me; levantar-se
Vejo-o e elogiar meu ato valorioso.
(...)
Caro esposo, eis-me aqui! Minha coragem
Irá provar que faço jus ao título.
Sou ar e fogo; os outros elementos
Cedo à vida inferior.

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